"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

segunda-feira, 26 de março de 2018

A estréia de Giuliano Losacco na Copa Truck


Confesso que fiquei sabendo há pouco tempo que ele iria estrear nos brutos. E no sábado, depois do treino de classificação, foi uma ótima notícia ver Giuliano Losacco conquistar a 9ª posição do grid da etapa de abertura da Copa Truck 2018, disputada no autódromo de Cascavel, PR. E esse feito foi ainda mais especial, levando em conta que os grandes nomes da categoria estavam presentes no grid, em condições iguais de equipamento.

Se o resultado da primeira bateria foi animador, com o 7º lugar obtido (em que pese os vários abandonos), a segunda corrida reservou emoções ainda maiores. Após largar na 1ª posição, devido à regra do grid invertido e os problemas enfrentados por Débora Rodrigues, Lossaco segurou a pressão exercida por André Marques e Wellington Cirino, para vencer a bateria e escrever seu nome na história da categoria.

Sinceramente, que este seja um grande ano para o piloto, seja na Truck ou em qualquer outra categoria pela qual ele venha a correr. Tive o prazer de acompanhar a carreira do Losacco na Stock, desde a estréia incrível em 2003, na qual terminou a prova em 2º lugar, atrás apenas de "um certo alemão que ganhou nada mais, nada menos, que 12 títulos na categoria (!!!)", passando pelos dois títulos (2004 e 2005), sendo por 12 anos o piloto mais jovem a vencer a categoria (e até hoje o mais jovem bicampeão), além dos últimos anos, que foram de performances discretas, muito devido ao equipamento limitado. Mas os seus feitos estão na história, e isso ninguém apaga. Boa sorte Losacco!




sábado, 24 de março de 2018

O trágico acidente da Mil Milhas de 1986

Nem só de boas lembranças é formada a história da prova Mil Milhas Brasileiras. Em algumas situações, sobretudo em virtude da insuficiência de recursos da organização da prova, muitos aspectos deixaram a desejar, sendo a segurança o mais delicados deles.

Numa época em que a transmissão televisiva era tímida, ou mesmo inexistente, o traçado antigo de Interlagos poderia proporcionar muitos sustos e ingratas surpresas aos pilotos. Desde animais na pista, falta de visibilidade e de sinalização apropriada, e não raro, a invasão do público, que muitas vezes buscava um posto o mais perto possível da pista, cercada pelo mato e barrancos em diversos pontos até a grande grande reforma de meados de 1989.

A 16ª edição, disputada em janeiro de 1986, registrou a morte de um desses espectadores, neste caso, o jovem Dalton de Souza Pereira, de apenas 20 anos. Por volta das 2h30min, Dalton e outros 03 amigos atravessaram a pista na altura do final da reta oposta, ponto em que os carros passavam facilmente dos 200 km/h. Do grupo, apenas Dalton não conseguiu evitar o atropelamento, sendo colhido pelo Maverick nº 36, pilotado por Adalberto Tagashira e Sérgio Luiz Gracia.

E ainda, houve quem quisesse conturbar ainda mais a situação, pois um delegado de polícia não identificado quis enquadrar o piloto como autor de um homicídio culposo. Porém, não obteve êxito.